sábado, 30 de novembro de 2013

Breve história do surgimento dos números e da matemática

Partindo do inicio...                                 


Acredita-se que o processo de contagem tenha ocorrido numa fase em que os homens primitivos passaram a ter a necessidade de contar, ou seja, suas atividades que eram apenas de sobrevivência como pescador e coletor de alimentos passam a ser atividades fixas no solo, como plantar, produzir seus alimentos, construir casas, proteções, domesticar animais, trazendo assim profundas modificações para a vida humana.                 
Estas novas atividades como a agricultura, passam a exigir o conhecimento do tempo, das estações do ano e das fases da Lua e assim começam a surgir as primeiras formas de calendário.                  
No pastoreio começam a utilizar variadas formas para controlar o seu rebanho, quando desejam saber se algum foi roubado, se fugiu ou se perdeu, se foi acrescentado um novo carneiro ao rebanho, o pastor cria uma correspondência um a um, onde cada carneiro corresponde a uma pedrinha que era armazenada em um saco e no final do dia ele fazia a conta, ou seja, o cálculo (palavra que usamos hoje e que é derivada da palavra latina calculus, que significa pedrinha).
            



            Com o tempo a correspondência unidade à unidade não era feita somente com pedras, mas também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e outros tipos de marcação.
        


  
            A representação numérica passa com o tempo a ser representada também por expressões, gestos, palavras e símbolos, sendo que cada povo tinha a sua maneira de representação.


Os símbolos na Antiguidade...
O sistema de numeração egípcio
            O sistema de numeração mais antigo que se tem notícia é o egípcio. É um sistema de numeração de base dez e era composto pelos seguintes símbolos numéricos:
  
O sistema de numeração Babilônico
            Outro sistema de numeração muito importante foi o da Babilônia, criado aproximadamente há 4 mil anos. A divisão das 24 horas, uma hora em 60 minutos e os minutos em 60 segundos, é uma herança dos babilônicos, O circulo também, que é dividido em 360 graus, ou seja 6x60=360, sendo que 60 é um dos menores números com grande quantidade de divisores, como por exemplo: D(60) = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30, 60}. Os Babilônicos utilizam em seu sistema a base 60 para a formação de seus numerais. O sistema sexagesimal, também conhecido como sistema de numeração babilônico, necessita de 60 algarismos diferentes de 0 a 59. Para compor esses números eles usam a base 10 para associar símbolos que correspondiam aos 60 algarismos necessários.

O sistema Romano de Numeração
            É um sistema decimal utilizado até hoje em representações de séculos, capítulos de livros, mostradores de relógios antigos, nomes de reis e papas e outros tipos de representações oficiais em documentos. Este sistema não permite que sejam feitos cálculos, não se destinavam a fazer operações aritméticas mas apenas representar quantidades. Com o passar do tempo, os símbolos utilizados pelos romanos eram sete letras, cada uma com um valor numérico:
  
Letra
I
V
X
L
C
D
M
Valor
1
5
10
50
100
500
1000
Leitura
Um
Cinco
Dez
Cinquenta
Cem
Quinhentos
Mil
                      
                       Todo símbolo numérico que possui valor menor do que o que está à sua esquerda, deve ser somado ao maior. Todo símbolo numérico que possui valor menor ao que está à sua direita, deve ser subtraído do maior. Todo símbolo numérico com um traço horizontal sobre ele representa milhar e o símbolo numérico que apresenta dois traços sobre ele representa milhão.
Os números Indo Arábicos
            Nosso sistema de numeração surgiu na Ásia, há muitos séculos no Vale do rio Indo, onde hoje é o Paquistão. Foi por volta do século V da era cristã que nasceu o mais antigo sistema de notação próximo do atual, o que é comprovado por vários documentos, além de ser citado por árabes. Os numerais indo arábicos e a maioria dos outros sistemas de numeração usam a base dez, isto porque o princípio da contagem se deu em correspondência com os dedos das mãos de um indivíduo normal. A base dez já aparecia no sistema de numeração chinês. Os sumérios e os babilônios usavam a base sessenta. Os indianos reuniram as diferentes características do princípio posicional e da base dez em um único sistema numérico. Este sistema decimal posicional foi assimilado e difundido pelos árabes e por isso, passou a ser conhecido como sistema indo arábico. Nosso sistema de numeração retrata o ábaco. Em cada posição que um número se encontra seu valor é diferente.
A criação do Zero...
            Os hindus criaram um símbolo para representar algo vazio (ausência de tudo) que foi denominado sunya, assim resolviam o problema da ausência de um algarismo para representar as dezenas no número por exemplo como 301. É também nesta mesma época que surge o sistema de notação posicional. Observamos que tal notação posicional já era então conhecida no quinto século de nossa era por uma grande quantidade de cientistas e matemáticos.  

O ábaco

            O ábaco, em sua forma geral, é uma moldura retangular com fileiras de arame, cada fileira representando uma classe decimal diferente, nas quais correm pequenas bolas.
            No princípio, os sistemas de numeração não facilitavam os cálculos, logo, um dos instrumentos utilizados para facilitar os cálculos foi o ábaco muito usado por diversas civilizações orientais e ocidentais. No Japão, o ábaco é chamado de soroban e na China de suánpan, que significa bandeja de calcular.            


Gerbert (c. 950 - 1003). Nascido em Auvugne, França, foi um dos primeiros cristãos a estudar nas escolas muçulmanas da Espanha, e ao retornar de seus estudos, tentou introduzir na Europa cristã os numerais indo-arábicos (sem o zero). Á ele, atribui-se a construção de ábacos, globos terrestres e celestes e um relógio. Ele subiu na hierarquia da Igreja, tornando-se papa com o nome de Silvestre II no ano 999. Foi considerado um erudito profundo, escreveu sobre astrologia, aritmética e geometria.     Na época de Gerbert, começaram a entrar na Europa Ocidental os clássicos gregos de ciência e matemática. Houve assim um período de transição, durante o qual o saber grego, preservado pelos muçulmanos, foi passando para os europeus ocidentais. Posteriormente, Leonardo de Pisa defendeu e utilizou a notação indo arábica em seus trabalhos, colaborando para a introdução desses numerais na Europa.                                                                                                                       No século XVI, os cálculos com numerais indo-arábicos se padronizaram. Muitos dos campos nos quais os cálculos numéricos são importantes, como a astronomia, a navegação, o comércio, a engenharia e a guerra, fizeram com que esses numerais fossem utilizados para tornar os cálculos rápidos e precisos.

Os números atualmente...
            Os sistema de numeração que utilizamos atualmente para registrar os números foi inventado pelos antigos hindus e divulgado pelos árabes é, por isto, chamado de sistema indo arábico. Trata-se de um sistema numérico que permite que todo cálculo seja feito na folha do caderno. Isto é possível porque é articulado a partir da correspondência uma coluna, um algarismo. Para chegar nele os hindus criaram apenas dez algarismos – 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 – onde cada um deles indica o número de pedrinhas de cada coluna. Com ele é possível substituir todo cálculo manipulatório pelo cálculo mental.

Veja a evolução dos números:

E agora?
Agora que conhecemos um pouco sobre o surgimento dos números passamos a olhar ao redor e a observar a sua grande presença.



Porém sabemos que quanto mais voltarmos na história, menor era a presença dos números. Refletindo esta questão chegamos a conclusão de como é importante e grandiosa a missão de ensinar e aprender a Matemática. E que devemos construir este conceito da real importância da Matemática e dos números dentro de cada um, pois aprender Matemática não é difícil! Mas como mudar isto para alguns que a acham tão complicada...
Para muitos a Matemática é vista como um problema e não solução, ela vem sendo o bicho papão para muitos alunos que deveriam a ver como aliada, pois através dela podemos compreender e raciocinar. 
A matemática deve passar a ser uma ferramenta do nosso pensamento, que nos ajuda e auxilia em vários momentos de nossa vida. 
       



Este vídeo resume bem e ilustra este post, vale a pena conferir!!!!

Fontes: http://www.matematica.br/historia/  data de acesso: 10/11/2013 
http://historiadosnumeros.blogspot.com.br/ data de acesso: 09/11/2013

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A importância da Matemática em nossas vidas...

Ela está envolvida em quase tudo. Se pararmos para analisar ela complementa muitas outras disciplinas como ciências, biologia, português, filosofia, etc. Ela é fundamental em nossas vidas e para a sociedade em geral, sem ela não existiria a evolução e a nossa tão comentada tecnologia. A sua presença e utilidade são inquestionáveis, desde atos simples como preparar uma receita, comprar ou vender algo, ou até mesmo ser justo numa distribuição de doces entre amigos, agora falando sério... a matemática esta em nosso cotidiano e quando nos deparamos com situações como estas percebemos que é impossível não conhecer, gostar e praticar a MATEMÁTICA não é mesmo?


E na escola?

Uma excelente forma de trabalhar a matemática na escola é através dos jogos, pois estimula e incentiva a participação de todos os alunos.



Os jogos podem ser trabalhados como recursos didáticos...

Os jogos podem e devem ser trabalhados em sala de aula para incentivar a aprendizagem desta tão temida disciplina, é através dele que podemos desmistificar que a matemática é algo difícil de se compreender. 
Afinal a matemática pode ser encarada como um bom desafio e porque não com um jogo?

Os jogos podem ser um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento matemático. A aprendizagem por meio de jogos permite que o aluno construa o conhecimento por um processo divertido, assim o professor trabalha com o lúdico, as relações sociais, e o desenvolvimento intelectual  e o poder de raciocínio.
"Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, o aluno aprende, sobretudo, a conhecer e compreender o mundo social que o rodeia (Moura, 1996). "
    O professor deve estar atento em seu planejamento,            para que explore ao máximo todo o potencial de seus          alunos através dos jogos e fazer com que o aluno                relacione a disciplina com o jogo, introduzindo e               preparando para novos conhecimentos que poderão                        ser trabalhados mais a frente.
'' Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos estudante que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. '' (Borin, 1996)

Como trabalhar Matemática com jogos?

Através do jogo podemos iniciar questões como contar o tempo, contar os participantes, inserir questões como: Com quantas cartas? Quantos participantes? A direita e esquerda, formas geométricas como círculo, quadrado, triângulo, contar pontos nos dados, etc. É seguindo este caminho que podemos ampliar o repertório dos alunos e valorizar sempre seus conhecimentos prévios.




quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Proposta  Como trabalhar com a Matemática  de forma Lúdica
Tema: Brincando e aprendendo com os números
Nome do jogo: Memória números Indo Arábicos. 
 

Classificação: 2º ano ensino fundamental/ faixa etária 7 / 8 anos.
Número de jogadores: Mínimo 2 participantes.
Recomendações de Segurança: Jogo indicado para maiores de 5 anos.
 Embalagem: O jogo contém cartas plastificadas acomodadas em uma caixa e uma ampulheta.
Elementos materiais: 40 cartas, 1 ampulheta, manual de instruções com as regras do jogo.
As crianças podem participar da construção deste jogo, primeiramente devem realizar uma pesquisa dos números indo arábicos selecionando os símbolos que representam um período e o período atual, devem imprimir os símbolos em duplas para formar os pares, em nosso caso utilizamos papel contact para plastificar as cartas, a ampulheta pode ser comprada ou ser substituída por qualquer outro elemento que possa contar  o tempo.
 
Regras do jogo: - Distribua as cartas com a face virada sobre a mesa, uma por uma. Todos os jogadores devem ver as cartas que foram viradas. O jogo inicia quando o participante vira duas cartas que sendo iguais devem ser separadas formando pares, caso não sejam iguais torne a colocá-las sobre a mesa com a face virada. Jogue contra os outros participantes contando com o tempo estipulado pela a ampulheta. Vence aquele que formar o maior número de pares dentro do tempo estipulado. O jogo da memória tem como objetivo estimular a memória, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de observação e concentração, agilidade, alem de conhecer, identificar figuras iguais e reconhecer números, desenvolve a localização espacial sendo um importante instrumento de aprendizagem infantil.
Conceitos estabelecidos:
Seriação: no jogo podem seriar as cartas numa ordem do maior para o menor e vice e versa.
Classificação: no jogo a criança forma pares pelas semelhanças ou seja, os mesmos números e símbolos.
Comparação: comparação dos símbolos contidos nas cartas.
 Numerais: A criança é estimulada a contar e associar os numerais aos símbolos.
Quantificação: quantificação das cartas por meio da contagem.
O corpo aprende: Através do jogo a criança irá manipular as cartas fazendo associações, relacionando os números antigos e atuais, tendo como desafio o tempo. No jogo podem interagir e socializar se jogarem em duplas ou mais participantes, um pode transmitir sua experiência ao outro e vice e versa. O uso das regras e a alegria das descobertas são muito significativos e facilitam a aprendizagem.
Representações espontâneas: Despertar a curiosidade e interesse em descobrir a grafia dos números Indo Arábicos.
Proposta de Atividade após o jogo:
Solicitar que as crianças coloquem os números indo arábicos em ordem crescente e depois decrescente.
Observe se as crianças conseguiram realizar a atividade, alguns precisam de ajuda, outros já pegam a caixa com as ilustrações dos números e sua sequência.
Em outro aula é possível solicitar que pesquisem um pouco sobre a história da matemática e os algarismos romanos, e depois que associem aos números indo arábicos.
Análise do resultado:  As crianças devem sentir-se estimuladas e desafiadas em formar o maior número de pares dentro do tempo previsto, a competitividade torna-se maior  a cada partida. Observe e avalie o desenvolvimento de cada criança.


A seguir algumas imagens de etapas da construção deste Jogo:


 Construção das cartas com respectivos símbolos que representam os números indo arábicos atuais e de antigamente. Plastifique as cartas para melhor durabilidade.

A construção do jogo deve ser estimulada pois é também uma forma de interação entre os alunos.

Lembre-se as cartas devem ser confeccionadas em pares, ou seja, duas cartas com símbolos iguais.
Para acomodar as peças do jogo construa ou customize uma caixa. 
Não esqueça de construir e deixar a regra do jogo bem clara.

Você pode expor e aplicar  os jogos construídos em uma feira na escola...
Assim como nesta imagem, afinal para jogar não tem idade.

Fonte: Este jogo foi desenvolvido por mim e minhas amigas, somos alunas da universidade Anhanguera-Brigadeiro curso de Pedagogia e as imagens pertencem ao trabalho desenvolvido para a semana de Pedagogia 2013.